Review - Okami

O aclamado (e injustiçado em vendas) Okami chega finalmente ao Wii. Adaptado pela Ready at Dawn Studios, essa versão conta com algumas adições interessantes: suporte a 16:9 widescreen, 480p e, é claro, a jogabilidade com o Wiimote que parece que nasceu pro jogo.

O jogo saiu originalmente para o PlayStation 2, tendo atingido um número de vendas muito abaixo do esperado. Em compensação, foi premiado em diversas mídias como um jogo de estilo único e acabou como a grande revelação de 2006. É hora de Okami ter uma segunda chance, e a Capcom deixou essa missão para o Nintendo Wii.

 

A história gira em torno de Amaterasu (deusa do sol), um lobo que estava adormecido há 100 anos e precisou ser acordado mais uma vez para salvar o mundo Nippon das forças de um ser maligno que consome tudo o que vê pela frente.

 

Esse enredo é contado através de cut-scenes que podem ser massantes em alguns casos por terem duração muito longa. É aí que entra mais uma novidade: na versão do Wii, existe a opção de pular essas animações. Não recomendo pular as cut-scenes, mas não deixa de ser uma função bem útil para aqueles que quiserem se aventurar mais de uma vez pelo jogo.

 

Os gráficos de Okami são fantásticos, estilizados como se fossem pintura à óleo, são perfeitos para a atmosfera do jogo. A adição do suporte a widescreen e 480p só ajudam nesse quesito. Mas nem tudo é perfeito: o jogo sofre com slowdowns e pequenas travadinhas que não atrapalham em nada no desempenho, mas estão ali presentes. Uma pena que o filtro de papel não sofreu uma adaptação das melhores. A arte dispensa comentários.

Trilha sonora genial, composta por instrumentos típicos do Japão. Afinal, Okami esbanja cultura e folclore japonês. Não poderia ser mais apropriada.

 

A jogabilidade cai como uma luva para o Wiimote. Se Okami não tivesse saído para o PS2, não seria difícil imaginar que o jogo foi feito pensando na jogabilidade do console da Nintendo.

Durante o jogo, é possível ir adquirindo técnicas novas chamadas de celestial brush que ajudam no avanço da aventura e é, sem dúvida, o grande trunfo do jogo por ser um sistema criativo, original e divertido. Boa precisão na hora de executar as pinceladas.

 

Tudo isso somado com personagens carismáticos e humor ácido por parte do falastrão Issun, Okami é uma obra de arte que ninguém deveria deixar de jogar.

Algumas falhas presentes, como a repetição exagerada de chefões, são detalhes pequenos perto da grandiosidade do jogo. Aproximadamente 30 horas para terminar. Grande variedade de sidequests estão presentes e podem prolongar bastante esse tempo.