domingo, 12 de outubro de 2008

Review - de Blob

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Quando o mundo é invadido por seres em preto e branco, precisamos de um herói, um símbolo... uma bolha! Mas não uma bolha qualquer, de Blob vinha se mostrando como um dos mais promissores títulos de fim de ano para o console da Nintendo, por incrível que pareça, em um esforço de uma empresa third party, no caso a THQ, de trazer uma experiência diferente pro console.

Os Inkies, criaturas de tinta, transformam o colorido mundo de Blob em um lugar morto, preto, branco e cinza, deixando ao herói improvável se juntar à revolução e pintar tudo de novo. A história é simples mas funciona muito bem, as cenas que a contam são muito engraçadas, os Inkies chegam a equiparar o carisma dos coelhos insanos de Rayman Raving Rabbids, e isso não é uma tarefa fácil.



Você ficará passeando pela cidade, absorvendo tinta e pintando tudo que tocar, enquanto ainda enfrenta alguns inimigos por aí. O Wii Remote é utilizado para pular, o que não foi uma boa decisão, pois às vezes Blob está escorregando por alguma borda e o pulo não funcionará, naturalmente, mas a impressão é de que o controle que não está funcionando.



Outra decisão talvez não muito acertada é que com toda essa aura arcade, de Blob resolve medir o progresso do jogador através de missões, sendo que poderia ter se dado muito melhor em um esquema semelhante a Katamari Damacy. Não que sejam ruins, mas em alguns momentos você só quer pintar e estará indo de uma missão em outra.

As missões variam de acordo com o personagem que as apresenta, o Professor irá pedir que você retome locais convertidos pela INKT, Zip lhe fará correr de um ponto a outro da cidade, Arty, a especialista em cores, pedirá que você pinte certas coisas com cores específicas, e as missões de Bif, os músculos da equipe, normalmente envolvem combates.



Mesmo quando você não está em missões há uma boa quantidade de coisas acontecendo para manter o jogador entretido. Cada bloco de prédios que pintar irá liberar os habitantes que ali estavam presos, e ainda há artefatos que podem transformar uma área inteira com pouco esforço, sem contar alguns extras, como pintar cartazes, adquirir estilos de pintura que mudam a textura para algo mais grafitti, e até mesmo um dirigível que você vai ter uma bela dificuldade pra pintar.

Tecnicamente, de Blob faz o que muitos jogos do Wii não se dão ao esforço. O jogo tem todo um acabamento arredondado, modelos bem detalhados, belos efeitos, com a única ressalva ser que coisas distantes vão surgindo de repente, mas não é algo que dê para se notar normalmente pois o jogo usa uma câmera inclinada, mais voltada para visão aérea.



O mundo em preto e branco retomando a cor também é incrível, pois quanto mais você pinta, mais vibrante se torna à sua volta, e não é só impressão por estar rodeado de cores, há realmente mudanças de iluminação que tiram o ar morto de antes.

O setor sonoros tem algumas ótimas músicas que dão uma batida perfeita para a aventura, se desenvolvendo assim como os gráficos tomando uma forma ainda mais animada. Os personagens somente balbuciam alguns sons, não falam, mas isso não incomoda.

O jogo não é exatamente curto e mesmo após terminá-lo, cada fase tem missões extras a serem completadas, além de ser muito divertido tentar completá-las encontrando e resgatando tudo. Há também um modo multiplayer.



Eu até queria dar uma nota maior para de Blob pelos ótimos momentos que tive, mas a verdade é que se você prestar atenção, há momentos em que essa alegria toda é meio artificial, e enquanto eu adorava enquanto estava sendo tapeado, algumas pessoas podem não engolir. Apesar dos pesares, de Blob é uma ótima opção para este final de ano no Wii.

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