Depois da decepcionante adaptação "Lost: Via Domus" , lançada no início de 2008, a Ubisoft anunciou o abandono de um game baseado no seriado "Heroes" e a diminuição de investimentos em outros títulos baseados em programas de televisão, como "CSI" e "Who Wants to Be a Millionaire?". Sobrevivente, o game baseado na série dramática "Grey's Anatomy " foi criado para cativar o público casual, especialmente o feminino.
Obviamente o game segue com o clima da série da rede americana ABC sobre o cotidiano, dramas e relacionamentos de um grupo de médicos e residentes do Seattle Grace Hospital. A história aqui se posiciona entre a quarta e quinta temporada do show, dividida em capítulos e cenas que tentam dar atenção ao núcleo principal de personagens como Meredith, Cristina, Derek e Alex como se tratasse de um episódio perdido.
Coleção de minigames
A primeira impressão que temos do jogo é que se trata de uma cópia de "Trauma Center", ou seja, uma espécie de simulador de procedimentos cirúrgicos fortemente estilizado. No entanto, embora tais sequências com cirurgias apareçam, o forte mesmo do título é sua habilidade em emular a narrativa do seriado. Cada cena se volta para um personagem e é preciso tomar certas decisões que alteram diálogos e pequenas ações, criando uma gostosa sensação de interatividade no roteiro do programa.
Pena que tais opções apareçam de uma maneira muito estranha, deslocada na trama. Por exemplo, em determinado momento, para mostrar que uma personagem está em dúvida e precisa se decidir, surge na tela um minigame infeliz que pede que você arraste para fora da tela as "nuvens de indecisão" da mente da heroína. E assim continua a sucessão de tarefas abstratas como montar uma figura do protagonista em questão para reforçar sua posição ou clicar em ícones de coragem ou emoção que ficam quicando pelo monitor.
Além de fora de contexto, tais atividades não oferecem nenhum tipo de desafio e acabam trabalhando contra o resto. Seria muito mais interessante se árvores de diálogos - como em "Mass Effect" - fossem utilizadas para dar versatilidade ao roteiro e uma maior sensação de imersão. E quando chegam os trechos de cirurgias - que também são bastante simples e fáceis - já não há muito interesse em levar aquilo a sério.
Para os padrões de jogos licenciados, "Grey's Anatomy: The Videogame" não faz feio. Apesar de não contar com faixas da trilha oficial ou dublagem do elenco original, a apresentação é bastante competente, recriando com precisão a estética do show. Os visuais do Seattle Grace Hospital e dos protagonistas são bastante fiéis, utilizando a técnica de cel shading, que dá uma aparência de desenho animado aos gráficos poligonais.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Grey's Anatomy: The Video Game - Análise
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