

Há alguns jogos clássicos da década de 80 que nunca conseguiram migrar definitivamente para o 3D, como "Contra", "Megaman" ou "Castlevania", ainda que algumas tentativas tenham sido bem intencionadas. Esta última então parece sofrer mais resistência dos fãs graças aos excelentes jogos no tradicional 2D que continuam a sair para os portáteis na Nintendo como "Lament of Innocence" e o recente "Order of Ecclesia".
| Trevor versus Simon |
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Lutando com lendas
O modo história deixa bem claro que o time de Igarashi quis pegar pesado e coloca à disposição Simon Belmont e Alucard, duas das figuras mais conhecidas da franquia, como protagonistas imediatos. O herói dos primeiros "Castlevania" utiliza uma série de golpes espalhafatosos com seu famoso chicote, o "Vampire Killer", enquanto o filho de Drácula utiliza magias como principal instrumento para destruir seus inimigos. A diferença entre os dois é tão grande, tanto em aparência quanto em funcionamento, que revela o esforço que os produtores tiveram em tornar todos os personagens únicos, respeitando suas histórias e características.
Fãs de longa data com certeza se emocionarão ao perceber isso, principalmente depois de descobrir que outras grandes figuras estão presentes no jogo. Heróis como Trevor Belmont, de "Dracula's Curse" ou Eric Lecarde, de "Bloodlines" e "Portrait of Ruin", assim como vilões obrigatórios como o próprio Drácula e a onipresente Morte. Todos bastante distintos, com uniformes variados e estilos próprios - alguns são lutadores de alto impacto com menor mobilidade, outros apelam basicamente para magias e escapadas, enquanto no meio disso há híbridos que equilibram tais aspectos de formas diferentes.
| Briga de vampiros |
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Explorando a mitologia
Com um excelente time de lutadores, a equipe de Igarashi também fez questão de desenvolver cenários adequados, que evocam o espírito dos mais de 20 anos da série. Há muitos detalhes nas arenas, que vão desde navios a cemitérios, com direito a objetos destrutíveis que escondem itens, mais ou menos como na antiga série "Power Stone", da Capcom.
Os gráficos também são de boa qualidade, especialmente para os padrões do Wii, com suporte a telas widescreen e scan progressivo. Como dito anteriormente, os personagens são muito bem detalhados, com um estilo único para cada, e ainda há a opção de customizá-los ao habilitar acessórios em outros modos de jogo. Todos contam com algumas falas gravadas e trazem temas clássicos da franquia, remixados especialmente para o novo título.
| Magias e golpes especiais |
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CONSIDERAÇÕES
"Castlevania Judgment" é uma grande ironia. Foi criado para agradar os antigos fãs da série, afinal o título reúne alguns de seus personagens mais famosos da saga com referências que só mesmo seguidores irão entender, mas seu público-alvo é o que mais deve reclamar das mudanças para o 3D e para o foco nas lutas. Mas, uma vez caída a barreira do preconceito, há conteúdo bastante envolvente para ser descoberto, com combates bem equilibrados realizados por lutadores de grande personalidade. Os controles poderiam ser melhores (o que é fundamental em um jogo do estilo), assim como o pacote poderia contar com mais oponentes e estágios, mas não é nem de longe o fracasso que os puristas fanáticos gostariam que fosse.
Créditos: Uol




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